terça-feira, 28 de junho de 2011

Não existe Arte só na cabeça...





Toda verdadeira Arte é uma expressão da Alma. As formas externas se valorizam, apenas enquanto são as manifestações do Espírito interior do homem... As produções da Arte humana são valiosas apenas como meio para a auto-realização da Alma. (Gandhi).

Não existe Arte só na cabeça. Enquanto estamos presos no plano mental, só gastamos energias. Remoemos idéias curtas e inconsistentes. Não chegamos a lugar nenhum.

Para a semente se realizar como Árvore, é preciso romper o invólucro. Desafiar o desconhecido. Mergulhar nas entranhas da Terra. Noite escura, mas definitiva, indispensável. Sair de seu sono latente, cômodo e acreditar. Mesmo sem saber o que a espera lá fora.

Assim é o ser humano. Se não ousamos, jamais saberemos de nossos potenciais. Se não nos entregamos, superando nossos medos e nossa lógica pequena, como a manifestação artística se revelar? O fazer artístico é como o ritual da Oração. É preciso iniciativa própria, reverência, coragem e desapego...

Arte e Vida. Não tem como separá-las. Negar isto é tornar a existência fragmentada e enfadonha. É violentar uma necessidade inerente a todo ser humano. Ao Arte Educador cabe, através de uma sensibilização ímpar, criar as condições básicas para que o aprendiz possa por si; se auto-educar, ordenando seu “pensar, sentir e querer”; em uma direção onde todas as potencialidades do Ser possam fluir naturalmente.

Estes três pilares: Pensar, sentir e querer, quando em harmonia facilitam nossa vivência de estar no mundo, possibilitando em nós o despertar de valores defasados, adormecidos, esquecidos e a oportunidade para desenvolvê-los com segurança em nosso próprio benefício e favorecendo com isto, o equilíbrio de uma sociedade mais fraterna, sadia.

Disciplina, atenção, perseverança, determinação e acima de tudo, paciência. Muita paciência. São qualidades que o Arte Educador precisa exercitar a cada momento. São atributos da natureza humana de uma grandeza inquestionável. Sem eles nos tornamos máquinas programadas. Fantoches ambulantes sem Luz própria. Personagens de uma comédia amarga, sem cor e indecorosa.

A finalidade do ensino de artes, não é dar fórmulas prontas, entregar à criança um roteiro rígido e já definido, mas sim acender no aprendiz a iniciativa própria, o interesse pela pesquisa, a capacidade de encarar desafios e superar seus próprios limites. Encontrar novas soluções e começar de novo se preciso for. Por quê? Porque assim é a Vida...

Sendo assim, não se trata simplesmente de uma aprendizagem de técnicas, repetição de receitas padronizadas, vírus do modismo, mas sim o exercício saudável de vivenciar as coisas na sua essência. Jamais subestimar o potencial criativo do ser humano.

Provocar as condições necessárias para que o educando por si, seja senhor de suas próprias idéias, lutar , acreditar e investir nelas. Vivenciar as experiências e deixar que elas se incorporem naturalmente na consciência de cada um.

Tudo o que existe aqui neste planeta, as coisas que conhecemos ou ainda desconhecidas, são “portas”, que sabendo utilizá-las com inteligência, abrem-se e facilitam nossa evolução, física, mental e espiritual. Ao Arte Educador compete a responsabilidade de saber conduzir com consciência amorosa, a criança num processo gradual, a adquirir novos conhecimentos intuitivos, lógicos e verdadeiros.

É como afirma o músico e escritor Sthephen Nachmanovitch em seu Livro: “Ser Criativo”, ao falar sobre criatividade:

“Para criar temos que desaparecer. Maravilhoso vazio, porque apenas quando estamos vazios, sem qualquer distração e livres do diálogo interior, podemos responder intuitivamente à visão, ao som, ao sentimento do trabalho que está diante de nós”... (NACHMANOVITCH, Stephen. Ser Criativo: O poder da improvisação na vida e na Arte. 2 edição. Summus Editorial. São Paulo. 1993.186 p.)


Ao exercitar os processos criativos é importante esvaziar-se. Estar atento ao que acontece ao nosso redor. Não impor nenhuma idéia sobre o que quer realizar, mas sim cultivar um estado de silêncio interior, de empatia com o ambiente presente, com todos os objetos, os elementos plásticos a serem pesquisados, de tal forma que esta interação permita o acontecer espontâneo da Criação.

Fugir de imagens estereotipadas. Toda a criação deve fluir de dentro para fora. Ao elaborar as idéias, buscar estas imagens dentro de nós mesmos, na relação mútua entre nosso universo interior e o mundo exterior...

A Arte por sua natureza ultrapassa todos os espaços concebíveis. Não é coerente um ensino das modalidades artísticas, limitado somente ao espaço físico de uma sala de aula, de um atelier. Ela está em todos os lugares. É a manifestação sublime da própria Vida. Sendo assim é de suma importância dar à criança, respeitando sua faixa etária, o direito de participar e aprender, interagindo com suas dimensões internas e os valores culturais inerentes à comunidade da qual faz parte.

Criatividade não é forçar a barra, também não é magia, milagre. Não é força bruta, é sensibilidade, atenção, associação de idéias, o fluir e o fruir da intuição. È saber apreender a linguagem dos acontecimentos. Dar um tempo para cada coisa acontecer naturalmente. Maturação com ciência de causa.

Não é querer ir resolvendo logo os problemas e apresentar a solução final. Essas atitudes nada mais são, de que gestos mecânicos de quem ainda não encontrou o equilíbrio necessário para resolver em harmonia e ponderação, as circunstâncias da Vida.

É saber identificar cada situação. Interagir e transformar estes momentos num desafio positivo onde o aprendiz, possa redescobrir sua história pessoal.. Tomar consciência de novas possibilidades, perceber a si próprio e sua conduta, diante de situações que são “pérolas”, verdadeiros tesouros para nossa evolução interior.


JBConrado é Arte Educador, Arteterapeuta, Artista Plástico... Escreve quando o Universo requisita e o Coração ameaça sair do peito

Web site: www.ayruman.com.br
e-mail: ayruman_artes@brturbo.com.br 

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Quinta Dimensão e a Lei da Abundância


A Quinta Dimensão e a Lei da Abundância

Viver a Lei da abundância significa viver doando ao cosmos apenas o que temos de melhor, pois o Cosmos é como um grande espelho, que nos devolve na medida exata àquilo que emitimos. Na verdade o Cosmos nos provê sempre na medida que necessitemos. Do que precisa uma rosa para ser linda? E um pássaro, do que ele necessita para ser feliz e lindo. De nada, eles apenas são, pois o Cosmos os provê a cada instante em função daquilo que eles emitem. Ajamos então como esses nossos irmãos menores, vivendo com fé, através de atitudes determinadas, acreditando firmemente que seremos providos de tudo o que nos for necessário.

Devemos parar de gastar a vitalidade que temos, nos preocupando com o futuro. Tratemos apenas das coisas do dia a dia, conforme vão aparecendo. Assim agindo, apesar das dificuldades naturais, as quais nós criamos, vamos estar sempre sendo levados a situações positivas. Na medida que consigamos entender esse processo e controlemos a nossa ansiedade, sem dúvida nenhuma atingiremos o patamar de abundância com que sonhamos. É nesse momento que começamos a confiar em nós mesmos e a criar um senso de independência e liberdade muito grande, que darão origem à nossa auto-estima.

Já vibramos a nível de quinta dimensão, no entanto, acontece que a cada manhã, num esquema metódico quando acordamos, nos aprontamos para trabalhar e imaginamo-nos dirigindo para o serviço. Começamos assim o nosso dia, criando uma realidade tridimensional dentro da quinta dimensão.

Nossa imaginação é poderosa! Peguemos esta energia e nos primeiros momentos de cada novo dia, criemos um dia de fartura, prosperidade e paz, nos vendo como os alunos que poderão chegar ao final desse período vitoriosos. Temos de três a cinco minutos para isso, pois nesse tempo somos ainda espíritos. Façamos ali uma breve meditação, determinando que somos a mão de Deus em ação nesse plano, para auxiliar aos nossos irmãos do Mundo Maior em seu árduo trabalho, que é o de amparar aos irmãozinhos que agora começam a acordar. Dessa forma estaremos abrindo a oportunidade de sentirmos algo novo e mágico!

A energia que nos permeia hoje circula numa velocidade incalculável, fato esse que nos pode ser de grande ajuda ou completamente prejudicial, pois, os nossos pensamentos se alinham de tal forma à Energia Universal, que recebemos imediatamente o retorno daquilo que estejamos emitindo, ou seja, significa que de acordo com o que emitirmos, estaremos recebendo e, poderemos estar recebendo a abundância que tanto almejamos ou os fracassos e angústias que conhecemos tão bem.

Emitamos então ao Cosmos e a tudo que o compõe, apenas amor... coisas boas... pensamentos bons... pois é isso o que estaremos recebendo de forma imediata. A conexão que agora temos com a energia universal que permeia a todas as coisas, não apenas os humanos entre si, mas às rochas, aos animais, aos peixes e à todas as dimensões de todos os seres, nós inclusive, é mais forte do que jamais foi. Assim, a nossa conexão com a abundância, acontecerá através da aceitação de que somos espíritos e parte dessa natureza e que nosso alimento é o amor.

O nosso sucesso é diretamente proporcional à intensidade de alegria e paixão, que possamos vivenciar em nosso dia a dia. Esse é o caminho da abundância. Temos então de fazer apenas aquilo que nos dê prazer, pois é isso o que irá ampliar o nosso crescimento enquanto espíritos em evolução, temporariamente encarnados.

Assumamos seriamente esta responsabilidade, e começaremos a criar algo em nossas vidas pelo que sejamos e estejamos apaixonados. Algo que nos faça felizes, algo que crie a energia que nos permita ser de maior valia para o Universo. Pois quando nós criamos paixão ao nosso redor, é que nos transformamos no mais elevado valor possível para o Universo. E é aí que as coisas se manifestam sem esforço para nós.

Reunamos a energia de tudo o que já criamos e a ponhamos em movimento agora, nos permitindo corrigir aquilo que necessitar ser corrigido e, nos libertarmos dos apegos e dogmas que não mais nos servem. Expressemos nossa intenção de nos movermos adiante e, ao afastar-nos por um momento, contemplemos o início de nosso movimento para trás no tempo, e veremos a quem realmente somos. Não usemos o nosso pensamento racional, nem tentemos entender tudo em nossa mente.
 Simplesmente permitamos que isso se torne uma parte de nós mesmos e então acontecerá! Tudo é tão mais possível agora do que antes!
É difícil compreender isso?
 Não é não!
É tudo uma questão de conscientização.

Muita paz e muita luz em sua vida!

Extraído de: Mago da Luz


Paz Profunda em Nossos Corações! 
 بارك الله فيك
Yasmine Amar
Danças Árabes e Andaluzas


domingo, 22 de maio de 2011

O feminino precisa descobrir o Feminino.- por Dúnia La Luna


O feminino precisa descobrir o Feminino.


Feminilidade, Sagrado Feminino, Espiritualidade Feminina...
Hoje, é muito comum encontrarmos materiais desse cunho nas redes sociais ou quando abrimos nossos e-mails.
Claro, em plena Era de Aquário, o Feminino, a mulher e a Terra são assuntos do momento, afinal o planeta está ruindo e blá-blá-blá...
Me utilizo muito dos termos acima em cursos e círculos; porém, percebo que cada vez mais aparecem apelos com esse tema por ser um nicho marketeiro e rentável. Pois bem, que seja!
O público feminino, segundo pesquisas, é o público que mais investe em si mesmo. Mas, com tanta oferta, desde produtos de consumo a cursos vivenciais, quais critérios se utilizam para escolher?
Será que o público feminino sabe valorizar o Feminino? (vou mencionar Feminino com “F" maiúsculo para sinalizar a referência que faço ao seu aspecto sagrado, profundo, ligado a experiência pessoal e psicológica desta natureza).
Como mulheres modernas, fruto de uma geração dirigida pelo patriarcado, aprendemos bem a ter critérios; afinal, existem certificados e diplomas para nos assegurar das qualidades para tudo aquilo em que decidimos investir nosso tempo e nosso dinheiro.
E assim, assinando papéis, analisando rótulos, seguindo regras e exigindo contratos vamos deixando de exercitar nosso "faro", nosso "radar" e a confiança nas nossas sensações vão se enfraquecendo. E perdemos, pouco a pouco, a segurança em nosso discernimento para escolher aquilo que realmente nos favorece.
É muito comum as pessoas escolherem produtos pelo rótulo, pelo nome, freqüentarem locais pela publicidade, e assim também fazem as mulheres quando vão escolher exercitar ou aprender mais sobre o Feminino.
Já vi amigas que escolheram cursos utilizando os mesmos critérios habituais de: Com base em... Formada em... Certificados de... E saem da experiência com uma receita pronta, sem ao menos terem vivenciado algo delas que fosse verdadeiro.
Por trás de toda a poética e real necessidade da reemergência do Feminino, como boas filhas do patriarcado, ficamos “correndo atrás da própria cauda” quando em nossas escolhas repetimos os padrões que legitimam os moldes materialistas!
Em contrapartida, entre as pessoas que oferecem um trabalho ou realizam círculos ligados ao Feminino cria-se uma torturante e silenciosa corrida em direção a uma formação que lhes confira algum tipo de especialidade, por exemplo, hipoteticamente, "Femenologia", como que para transmitir segurança, diminuindo o valor daquelas mulheres dotadas apenas de suas vivências e experiências.
Fazer escolhas de modo racional e científico precisa ser modificado no comportamento que anseia ancorar o Feminino, pois neste universo uma mulher com experiência de uma visão profunda da vida certamente será mais preparada do que qualquer outra que tenha mil formações.
As referências de uma boa instrutora acontecem de modo informal, circular, por indicação e vai num crescente como uma espiral: quanto mais vivência, mais elos, mais referências, mais autoridade...
Para as mulheres contemporâneas, seguir sua essência Feminina não é uma tarefa fácil, pois é participar de fato o tempo todo de sua própria transformação. É constatar que seguir os instintos é ir contra tudo o que se aprendeu ser correto. Não é cômodo, muito menos uma via fácil para se ter status. Mas é um caminho seguro, dotado de liberdade em todos os sentidos: emocional, espiritual, sexual, psicológico.
É uma via de conhecimento diferente: adquire-se pela tradição das relações, do compartilhar, orientar, questionar a vida; pelas experiências e vivências desafiadoras psico-corporais-espirituais que nos oferecem nossas fases enquanto mulheres! Vem do quanto arriscamos nos conhecer, depois do risco de confiar em nós mesmas, mesmo sem ter um documento que nos atribua uma autoridade; vem pela prática de crises e encorajamentos que vivenciamos em nós mesmas e nas mulheres que amamos.

Correr o risco de vivenciar a nós mesmas enquanto corpo, ciclo, sexualidade, sentimentos, fases, envelhecimento, luz e escuridão é uma bagagem que legitima a autoridade nos assuntos do Feminino!
Mas como saber? Faz parte da própria jornada a escolha pelo instinto, o exercício do "faro"! Faz parte correr o risco de confiar nas nossas sensações e isso é Feminino!
Começando pelas pessoas que atraímos para nosso aprendizado e aquelas que se escolhe caminhar, trocar, compartilhar e aprender, vamos recuperando o "radar", o elo de ligação profunda com a vida, com a terra e umas com as outras. Assim, reaprendemos a escutar a voz que vem do fundo da alma, ao invés da voz do medo das regras, da falta de status ou de títulos.
Investir em nossos talentos, usar o que já possuímos, ter coragem de ir em frente e se expor, mesmo sem um papel que nos dê “licença”, e confiar em nós mesmos, simplesmente porque sim, de fato é mudar um padrão!
E, embora seja realmente uma escolha e um portal que atravessamos solitariamente, nós não estamos sozinhas. Dizem que quando o aluno está pronto, o mestre aparece. Com um pouco de sorte, encontramos não uma mestra, mas muitas no caminho onde os mistérios mais profundos do Feminino possam ser revelados.

Entre mulheres de confiança, podemos, efetivamente, nos fortalecer, nos expor, compartilhar e exercer o discernimento com escolhas que realmente enalteçam a nossa essência!
(Texto: Dúnia La Luna) publicado no blog Clube da Lulu

(Referências das Figuras: 1-Afonse Osbert, 2-Katlyn Breene, 3- William Waterhouse)